terça-feira, 17 de maio de 2011

Seminário destaca importância da qualidade das informações na frequência escolar dos beneficiários do Bolsa Família

Em evento promovido pelos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Social na manhã desta terça-feira (17), técnicos de todo o Estado discutiram a necessidade de se ter dados fidedignos no documento

Ana Paula Lins

Buscar a informação mais fidedigna da frequência escolar dos beneficiários do Bolsa Família de forma a mantê-los em sala de aula e garantir a continuidade de sua escolarização. Esta foi a meta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) aos técnicos responsáveis pela operação e coordenação do programa nos 102 municípios alagoanos durante seminário ministrado na manhã desta terça-feira (17). Realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o evento ocorreu na sede da Faculdade Integrada Tiradentes (Fits) e contou com o apoio das secretarias de Estado da Educação e do Esporte (SEE) e de Assistência e Desenvolvimento Social (Seades).

Segundo a representante do MEC, Conceição Zotta, 17 milhões de jovens de 6 a 17 anos são beneficiários do programa em 5.500 municípios brasileiros. Para a técnica, o grande desafio, em todo o país, é buscar meios de se obter a informação mais exata possível sobre a frequência escolar, como também encontrar meios de reverter a evasão dos alunos.

“Pela lei, é preciso que alunos de 6 a 15 anos frequentem 85% de sua carga horária total na escola. Quando esse estudante começa a faltar, é importante que a escola tenha esse controle e busque saber o motivo da ausência daquele jovem, pois, a partir do momento em que tomamos conhecimento desse problema, podemos nos articular para encontrar uma solução”, ressalta.

A coordenadora Estadual do Bolsa Família na SEE, Fátima Alves, também destaca a importância da frequência escolar como garantia de continuidade da escolaridade dos beneficiários. Ela conta que, para incrementar o acompanhamento desses dados, a Secretaria fará um trabalho de sensibilização junto às unidades de ensino para que as mesmas também passem a encaminhar informações da frequência. Atualmente, esse processo é feito pelos municípios.

“Faremos um trabalho junto às escolas para incentivar os seus diretores a se cadastrarem no site do programa para que eles mesmos enviem essa informação diretamente ao Governo Federal. Dessa forma, teremos um acompanhamento ainda melhor e os órgãos gestores estaduais e municipais poderão se articular para solucionar os problemas que causam a inadimplência escolar”, afirma.