quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sesau convoca gestantes e índios para vacinação contra gripe

Campanha de imunização segue até a próxima sexta-feira, em todos os municípios alagoanos

Valdete Calheiros

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), faz um alerta às gestantes e à população indígena - definidos pelo Ministério da Saúde como grupos prioritários - para a importância de serem imunizados contra a gripe em decorrência dos últimos dias da Campanha de Vacinação contra a Influenza nos 102 municípios alagoanos. Os demais grupos (idosos, crianças e profissionais da saúde) estão com desempenhos considerados satisfatórios. 

A vacinação segue até a próxima sexta-feira (13) e a dose está sendo aplicada nos postos de saúde de todos os municípios. Para reforçar as ações visando o cumprimento da meta foram montados postos de vacinação em shoppings e supermercados. A vacina protege contra os três principais vírus da gripe que circulam no hemisfério sul, entre eles, o da influenza A (H1N1).

"A mobilização não pode parar porque Alagoas precisa cumprir sua meta e proteger a saúde dessas pessoas, mas elas também devem colaborar. Estamos disponibilizando carros, equipamentos e vacinas para todos os municípios alagoanos, que até o dia 13 de maio deverão manter suas ações", advertiu o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo.

De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, em Alagoas, já foram vacinadas 50.260 crianças, 25.576 trabalhadores da saúde, 22.440 gestantes, 4.931 índios e 144.570 idosos. As reuniões estão sendo realizadas de acordo com a ordem alfabética dos nomes dos municípios. Nesta quarta, a reunião é com os municípios de Água Branca a Marechal Deodoro. Amanhã, será a vez dos municípios de Messias e Viçosa. 

A coordenadora Estadual do Programa Nacional de Imunização (PNI) da Sesau, Denise Castro, reafirmou a importância da vacinação para os grupos definidos pelo Ministério da Saúde: idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, gestantes, trabalhadores em saúde e indígenas.  

Em Alagoas, segundo o próprio Ministério da Saúde, o público-alvo da campanha é de 463.901 pessoas. “A meta estipulada pelo Ministério é de imunizar pelo menos 80% desse público”, acrescentou Denise Castro. 

As complicações da influenza (pneumonias bacterianas ou agravamento de doenças crônicas já existentes, como diabetes e hipertensão) são mais comuns nesses grupos – idosos e crianças com idade entre seis meses e dois anos, além das gestantes, que também são muito vulneráveis. 

A gerente estadual do Programa Nacional de Imunizações, Juliana Nunes, explicou que as gestantes têm o sistema imunológico ligeiramente enfraquecido durante o período da gravidez. “Isso ocorre devido a um maior consumo de oxigênio e redução da capacidade residual funcional das mulheres grávidas. A gravidez, por si só, representa uma baixa na imunidade”, explicou ela. 

Em relação aos índios, acrescentou Juliana Nunes, eles têm maior vulnerabilidade às doenças respiratórias. “Aliado a essa vulnerabilidade estão as condições socioeconômicas da população indígena”, falou. 

Na população com mais de 60 anos, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir em até 45% o número de hospitalizações por pneumonias. Entre os residentes em casas de repousos e/ou asilos, a redução na mortalidade chega a 60%.