terça-feira, 7 de junho de 2011

Hotéis voltam a receber classificação por estrelas do Ministério do Turismo

Novo modelo segue padrão mundial de referência para serviços turísticos; classificação dos meios de hospedagem é voluntária

Pollyana dos Anjos

As estrelas voltaram. Durante anos,  os meios de hospedagem foram classificados de 1 a 5 estrelas pela Embratur. Agora, para regularizar a situação e seguir o modelo mundial de referência para os serviços turísticos, o Ministério do Turismo (MTur) assinou nesta terça-feira (7) a portaria do Sistema Brasileiro de Classificação de Hospedagem (SBClass).

A classificação vai obedecer às matrizes de cada tipo de hospedagem, como: hotel, pousada, resort, hotel fazenda, hotel histórico, cama e café, e flat e apart-hotel. Essas categorias podem ser classificadas da seguinte forma: hotel, de 1 a 5 estrelas; resort, de 4 a 5; hotel fazenda, de 1 a 5; cama e café, de 1 a 4; hotel histórico, de 3 a 5; pousada, de 1 a 5; flat e apart-hotel, de 3 a 5. Existem três requisitos de avaliações estabelecidos: infraestrutura, sustentabilidade e serviços, obedecendo a requisitos mandatórios e eletivos.

Para ser considerado hotel de uma estrela, por exemplo, o local deve trocar a roupa de cama, no mínimo, uma vez por semana. Já os cinco estrelas devem ter um serviço de quarto com refeições e bebidas disponíveis 24 horas para os hóspedes.

De acordo com Rosário Passos, coordenadora regional de Serviços Turísticos, órgão ligado ao MTur, o procedimento de classificação é voluntário. “O empresário tem que ter o hotel cadastrado no Cadastur, preencher o formulário eletrônico de solicitação da classificação, encaminhá-los  à Coordenação Regional de Serviços Turísticos do MTur para análise e abertura do processo de classificação, além do envio ao Inmetro para  agendamento da  vistoria de avaliação do meio de hospedagem, assim, aplicando os critérios de conformidade. Também, analisar os seus produtos e serviços para identificar a tipologia  a qual pertence, depois, o Inmetro agenda uma visita ao empreendimento para avaliar as matrizes e levar ao MTur, só assim, os meios de hospedagem serão classificados. Uma vez atendidos os critérios para o recebimento das estrelas, as Secretarias de Turismo passam a fazer a fiscalização dos locais.” explica.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-AL), Alfredo Rebelo, a padronização e a classificação dos serviços e produtos oferecidos pelos meios de hospedagem são positivas para Alagoas e para o Brasil. “A partir do momento que alguém avalia e classifica o que está sendo oferecido pelo empreendimento, você passa credibilidade ao consumidor e mostra um padrão de qualidade”, assegura.

Para a secretária de Estado do Turismo de Alagoas Danielle Novis, o turista também terá mais segurança na hora de avaliar a classificação por estrelas. “A padronização é um passo muito importante e que contribui para a credibilidade dos meios de hospedagem em Alagoas. Outro aspecto a ser destacado é a realização da Copa 2014 e das Olimpíadas em 2016 no país. A classificação facilitará também a promoção dos nossos destinos nesses eventos”, garante.

Sistema

Todo o programa foi pensado em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro), que responsabilizará as unidades estaduais (Secretarias de Estado do Turismo) pelo envio da avaliação dos meios de hospedagem em cada localidade. O sistema é baseado em oito critérios: legalidade, consistência, transparência, simplicidade, agregação de valor, imparcialidade, flexibilidade e melhoria contínua.

Histórico

Com a criação da Embratur, na década de 70, surgiram as primeiras matrizes de classificação hoteleira, todas com ênfase nos aspectos construtivos, equipamentos, instalações e serviços. Os meios eram classificados em: hotel, hotel de lazer, hotel residência, pousada e hospedaria de turismo nas categorias 1 a 5 estrelas, além de ter caráter obrigatório.