terça-feira, 7 de junho de 2011

Braskem, Incra e usinas prestam esclarecimentos em reunião do Cepram

Petroquímica informou que inspeção descartou relação entre ocorrências registradas em maio e o sistema de manutenção da unidade industrial


Beatriz Nunes
Foto: Paulo Rios

O Conselho Estadual de Proteção Ambiental reuniu-se hoje
Em reunião do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), nesta terça-feira (7), representantes da Braskem prestaram esclarecimentos sobre acidentes ocorridos na unidade de cloro-soda da empresa, nos dias 21 e 23 de maio.

Na reunião do conselho, que é presidido pelo vice-governador José Thomaz Nonô, também foi discutido o andamento de projetos de assentamento e licenciamento do Instituto de Colonização e Reforma Agrária de Alagoas (Incra/AL) e foi feita a apresentação do cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e usinas de açúcar de Alagoas.

A reunião teve início com a apresentação de esclarecimentos da Braskem sobre os acidentes dos dias 21 e 23 de maio. O gerente de Engenharia de Produção da Braskem, Julio Holanda Tavares, explicou aos presentes que após inspeção na empresa, foi concluído que as ocorrências estavam ligadas ao processo de produção, eliminando qualquer vínculo com a manutenção da unidade industrial.

O gerente de Relações Institucionais, Milton Pradines, reforçou ainda que a empresa está há 34 anos no mercado, com constantes treinamentos, a fim de minimizar erros no processo. “O importante é continuar tomando medidas para que eventos como esse não aconteçam novamente. Não aconteceu durante 34 anos e esperamos que não aconteça mais”, afirmou.

No decorrer da reunião, técnicos do Incra apresentaram dados sobre os projetos de assentamento em Alagoas. De acordo com Sérgio Souto, do Núcleo de Meio Ambiente do órgão, em Alagoas mais de 13 mil famílias já foram beneficiadas com os projetos de assentamento (PA´s), em uma área de mais de 108 mil hectares.

“Em 2009, tivemos um orçamento de R$ 70 milhões e em 2010, este número ultrapassou os R$ 76 milhões. A nossa grande dificuldade hoje é que em relação aos prazos, já que possuímos uma equipe com apenas quatro funcionários no setor de meio ambiente. Mesmo assim, temos desenvolvido projetos de recuperação ambiental, de educação ambiental e de recuperação de áreas. Já temos 50% dos assentamentos com infraestrutura. Vale ressaltar que a parceria que estabelecemos com a Semarh [Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos] tem nos ajudado para realização de alguns projetos”, explicou Souto.

O acompanhamento do TAC firmada entre o IMA e as usinas de Alagoas encerrou as pautas do dia. Técnicos do órgão explicaram sobre a importância da recuperação das matas ciliares alagoanas, combinada com a implantação de programas de educação ambiental. Os dados mostrados apresentavam que das 25 usinas existente em Alagoas, 20 estão ativos com o TAC, desde 2009. O IMA informou, ainda, que em 2009, 169.65 hectares foram recuperados e em 2010 este número chegou a 2.322,57.

Até este mês, das 25 usinas que firmaram o termo, apenas 17 apresentaram relatórios e nove já foram vistoriadas sobre as ações em relação à colheita de 2010. Ainda de acordo com a apresentação, 15 usinas ainda não atendem a determinação do que diz respeito a ações de educação ambiental.