quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não existe surto de peste em Paulo Jacinto, diz Sesau

Segundo Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica, roedores mortos em residência ingeriram veneno e não estavam contaminados com bactéria

Josenildo Törres

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) assegura que não há surto de peste no município de Paulo Jacinto. Segundo constatou a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica, os roedores mortos em uma residência ingeriram veneno e não estavam contaminados com a bactéria Pasteurella Pestis, causadora da doença.

De acordo com o gerente de Agravos Não Transmissíveis e de Fatores Ambientais da Sesau, Charles Nunes, os rumores de um surto de peste foram gerados depois do registro dessas mortes. “Nada ficou comprovado após examinar os roedores, por meio de uma coleta de sangue. Mesmo assim, foi realizada uma campanha educativa no município de Paulo Jacinto, que está inserido na área pestígena, formada por 26 municípios alagoanos”, esclareceu.

E para esclarecer a população sobre a peste, que surgiu na Europa em meados do século XIV, dizimando cerca de um terço da população, a Sesau irá realizar uma palestra educativa no município. No próximo dia 25, o infectologista Celso Tavares estará esclarecendo o que é a doença, como ela é transmitida, quais os seus sintomas e como é realizado o seu tratamento.

Ainda segundo o gerente de Agravos Não Transmissíveis e de Fatores Ambientais da Sesau, o último caso de peste registrado em Alagoas ocorreu em 1973, no município de Olho D’Água Grande. Dois anos depois, foi registrada a contaminação de um rato em Traipu e o último caso da doença foi notificado no Brasil em 2004, no Estado do Ceará. 

A doença – A peste é transmitida por meio das pulgas dos ratos contaminados pela bactéria Pasteurella Pestis. Depois de ser contaminado, o primeiro sintoma é a inflamação dos gânglios localizados nas axilas, virilha e pescoço, gerando bolhas de pus e sangue.  

Em seguida o paciente inicia um processo marcado por vômitos e febre extremamente alta.
Em Alagoas o tratamento da doença é realizado no Hospital Escola Hélvio Auto.