Defesa Civil nacional, estadual e municipal preparam cinquenta famílias com habilidades para sobreviver em casos reais de enchentes
Maryland Wanderley
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| População do Reginaldo participa de simulado neste sábado |
Pelo menos 50 famílias do Vale do Reginaldo participam neste sábado (28), a partir das 8h, de simulado de evacuação da área em caso de eventual enchente. O ritual, que acontece simultaneamente na Bahia e em Pernambuco, será realizado em Alagoas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), secretarias estadual e municipal da Assistência Social, da Saúde e outros órgãos afins.
De acordo com o secretário executivo da Defesa Civil do Estado, tenente-coronel BM Gilson Romeiro, uma sirene vai tocar às 9h e os moradores – previamente treinados – vão sair de suas casas em direção a quatro ônibus que estarão esperando em determinado local, já acertado com as famílias. Elas estarão usando uma camisa com identificação e serão levadas para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), ao lado da igreja católica do Vale do Reginaldo, ponto de apoio para receber as supostas vítimas da enchente.
“A simulação vai acontecer nos três Estados porque neles há maior incidência de desastres naturais deste porte. Este é o primeiro evento deste tipo que acontece no País e tem como objetivo preparar as comunidades das áreas de risco para evacuar o local em caso de acidentes desta ordem”, disse o coronel Romeiro.
O Corpo de Bombeiros, o Samu e a Defesa Civil Estadual vão ministrar palestras educativas e preventivas sobre a temática, com o propósito de difundir a precaução em situações de enchentes.
Na ocasião, vai haver uma simulação de afogamento aquático, ou seja, uma pessoa desesperada cairá na água e será resgatada. Outro episódio que será um dos pontos altos do suposto socorro será um infarto, com imediato atendimento do Samu.
O diretor do Departamento de Reabilitação e Reconstrução da Secretaria Nacional de Defesa Civil, coronel Ivan Ramos, que participa neste sábado da simulação, afirmou que o projeto é piloto e servirá de base para a implantação em outros estados da federação. De acordo com ele, os três primeiros foram escolhidos com base em três critérios.
O primeiro critério foi o período chuvoso, que promete ser crítico, uma vez que os setores da meteorologia já sinalizam com chuvas até 40% acima da média. Em segundo lugar, foi considerado o fato de Alagoas, Pernambuco e Bahia serem recorrentes em fenômenos de cheias e o terceiro, pela organização modelo das coordenadorias estaduais e municipais na resposta aos desastres.
O objetivo da simulação, afirmou o representante do governo federal, é avaliar depois – em data a marcar – a performance de cada envolvido na simulação, a exemplo das falhas, acertos, bem como o tempo resposta que cada Estado deu ao desastre. “Vamos avaliar como cada parte desenvolveu o seu papel e se atendeu as expectativas”, disse o coronel Ivan, elogiando o plano de ação desenvolvido pelo Estado de Alagoas para o evento de amanhã (28).
De acordo com ele, a comunidade precisa entender que é parte revelante no processo e precisa dar a sua cota de contribuição. “As famílias precisam entender que são sueitas das ações, logo vale lembrar que omissões também causam desastres naturais”, reforçou, explicando que cabe à população evitar o corte irregular de barreira, colocar lixo colocado nas canaletas, córregos e canais.
