sexta-feira, 27 de maio de 2011

Alagoas registra redução de casos de dengue


Número de casos notificados foi reduzido com ação preventiva; Governo reforça que população mantenha cuidados para evitar proliferação do mosquito


Josenildo Törres

O número de casos notificados de dengue em Alagoas segue em regressão progressiva, segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por seis semanas seguidas. 

Na semana 13, foram notificados 538 casos; na 14ª semana, o número caiu para 486; na semana seguinte os casos foram reduzidos para 336; já na 16ª semana, o número caiu para 314; uma semana depois, o número foi reduzido para 294; na semana 18, o número caiu para 227 e na semana passada, o número passou para 184. Na prática, essa redução chega a 75% em relação ao mesmo período de 2010.

"O balanço positivo sobre redução dos casos de dengue em Alagoas, mostrado no último boletim, revela que as ações que estamos desenvolvendo em parceria com os municípios foram importantes, mas nem por isso, vamos recuar a mobilização. A população deve manter-se vigilante e os municípios tocando suas atividades junto com a Sesau", observou o secretário estadual da Saúde, Alexandre Toledo.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, faz um alerta para que a população permaneça vigilante, já que os dados apontam que as cinco mortes registradas por dengue foram notificadas em municípios que não estão vivenciando situação epidêmica. Por esta razão, de acordo com ela, as autoridades de saúde municipais não podem negligenciar as ações de prevenção e detecção.

“Nos municípios de Belém, Colônia Leopoldina, Estrela de Alagoas, Maragogi, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Porto Calvo e Rio Largo e Teotonio Vilela, onde situação de epidemia já se instalou os cuidados já foram redobrados. Já naqueles em que o índice de notificação é baixo, os técnicos em vigilância epidemiológica muitas vezes negligenciam, mas devem redobrar a atenção, para que casos da doença não evoluam negativamente e a dengue possa evoluir para a forma hemorrágica”, frisou Cleide Moreira.

Ainda de acordo com ela, “ao sentir os primeiros sintomas da dengue, que são febre alta, entre 39° e 40°C, dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômito, manchas vermelhas na pele e dor abdominal, o paciente deve procurar uma unidade de saúde para que receba atendimento e a doença não se agrave e o leve a óbito”.

Para evitar este problema, Cleide Moreira recomenda que a população deve seguir todas as medidas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito causador da doença.

“Para isso, é necessário manter bem tampados os recipientes de água, remover folhas, galhos e tudo que possa impedi-la de correr pelas calhas. Também é importante fechar bem o saco de lixo, deixando-o fora do alcance de animais e não permitir que se acumule água sobre as lajes das residências”, informou.

Alerta

O Boletim Epidemiológico mostra, ainda, que o número de casos notificados chegou a 5.810 e de janeiro até o último dia 23 deste mês foram confirmadas cinco mortes por Dengue. A Sesau alerta, no entanto, que 24 municípios se encontram em situação de alerta quanto à Dengue, já que a taxa de incidência nestas localidades é superior a 100 e inferior a 300.