terça-feira, 14 de junho de 2011

Capacitação gera alternativas para produtores de mandioca

Curso é destinado à produção de alimentos para ruminantes através de resíduos descartados no processo de produção da farinha

Victor Brasil 

Produtores pertencentes ao Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca do Agreste iniciaram, nesta terça-feira (14), uma capacitação para o uso da mandioca na alimentação animal. O curso, que ocorreu no Sítio do Meio, no município de Palmeira dos Índios, será encerrado nesta quarta-feira (15).

A capacitação tem como objetivo ensinar aos pequenos produtores técnicas específicas para o desenvolvimento de alimentos para ruminantes a partir da raiz, da parte área e da raspa da mandioca. O professor doutor da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), Fábio Cunha, é o responsável por ministrar a oficina. 

Segundo o gestor do APL Mandioca, Nelson Vieira, a ação vai gerar a oportunidade de novos negócios para os produtores e suas famílias, que também podem participar do curso . “Estamos apresentando uma nova técnica que vai utilizar a parte que antes era descartada, o que vai refletir no aumento da produtividade e gerar maior lucro para os produtores”, disse.

Para Nelson, além das vantagens para os produtores, a utilização desses resíduos da mandioca traz benefícios para os animais. “Todas essas partes da mandioca são ricas em proteínas, vitaminas e carboidratos. Com o fortalecimento da saúde dos animais – bovinos, caprinos ou aves – haverá consequente aumento da produção”, explicou.

Os participantes desta capacitação já estão inscritos para outro curso, que vai ocorrer no final de julho e será destinado à produção de alimentos para os animais através da manipueira, líquido leitoso originário da prensagem da mandioca.

A atividade é resultado da parceria entre o Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e o Sebrae/AL, por meio do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) e do Projeto Território da Cidadania do Agreste.