quinta-feira, 5 de maio de 2011

Governo do Estado conhece cooperativa de flores tropicais

Objetivo é apoiar o trabalho desenvolvido pela Comflora para melhorar a comercialização das flores 

Laís Pita

Keylle Lima visitou um dos locais de produção da Comflora
Para conhecer o trabalho desenvolvido pela Cooperativa dos Produtores e Exportadores de Plantas, Flores e Folhagem Tropicais de Alagoas (Comflora) e analisar de que forma o Governo de Alagoas pode apoiar a cooperativa, o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, da Secretaria de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), Keylle Lima, visitou, nessa quinta-feira (5), um dos 20 locais de produção da Comflora.

A área visitada, localizada no município de Rio Largo, possui cinco hectares com uma variedade de 50 plantas, entre elas Urucum, Tapeinóquilos, Bihai, Alpineas, Solano Mamoso e folhagens de Palmeiras e Araceas, que representam maior demanda de encomenda para a cooperativa. No local, também é encontrado o Packing House, casa de tratamento pós-colheita, onde é feito a irrigação, a desinfestação de fungos e insetos, e a hidratação das plantas.

“É um bom negócio. Vamos apoiar o fortalecimento da cooperativa e garantir o acesso ao mercado. É importante mostrar que Alagoas tem um mercado de flores de altíssimo valor agregado”, defendeu o secretário-adjunto, Keylle Lima.

A superintendente de Desenvolvimento Regional e Setorial da Seplande, Alyne Vieira, destacou que o governo do Estado tem o objetivo de criar um Centro de Comercialização de produtos de cooperativas. “Esse centro será um instrumento para divulgação da produção alagoana, podendo se tornar um roteiro turístico, além de ajudar na comercialização dos produtos das cooperativas”, explicou. 

Mesmo com uma grande produção, a Comflora tem encontrado dificuldades de gestão e comercialização. De acordo com a cooperada e produtora, Maria Clara Oiticica, “apesar de atendermos ao mercado nacional e internacional, não existe uma continuidade. A procura varia muito de acordo com as festividades”. Além disso, Maria Clara também citou a falta de pessoal capacitado para trabalhar no segmento. 

A presidente da Cooperativa, Jussara Moreira, indicou a distância do centro consumidor e a existência de cooperados inativos como dificuldades para o crescimento da empresa. “Trabalhamos com 20 pessoas, mas apenas 12 atuam fortemente na comercialização. Os produtores de Alagoas são muito desagregados. Se trabalharmos em conjunto teremos mais ganhos no frete, em volume e em escoamento”, explicou Jussara. 

Técnicos da OCB/Sescoop irão analisar e elaborar um diagnóstico dos pontos críticos da empresa e levar as propostas de melhorias às instituições. A logística, como as flores estão sendo transportadas, a rentabilidade na forma adotada de produção das plantas, como enfrentar a concorrência, estão entre os itens que vão ser estudados pela OCB/Sescoop. 

Também participaram da visita outros técnicos da Seplande, o diretor de Micro e Pequenas Empresas, Michael Chinelato, e o gerente de Cooperativismo e Associativismo, Juan Manuel Priegue.