terça-feira, 24 de maio de 2011

Alagoas comemora 52 novas indústrias nos últimos quatro anos

Trinta e uma delas já foram inauguradas e empregam cerca de 3,3 mil pessoas. No total, serão gerados 10,4 mil empregos no Estado

Luciana Buarque
Foto: Thiago Sampaio/Arquivo

Indústrias geram emprego para os alagoanos
Nas últimas décadas, Alagoas nunca teve tantos motivos para celebrar o Dia da Indústria, comemorado em 25 de maio. Entre 2007 e 2010, a política de atração de empreendimentos do Governo do Estado trouxe 52 novas indústrias que se instalaram no território alagoano. Delas, doze se encontram em obras e nove estão na fase de elaboração do projeto de engenharia. As 31 restantes já foram inauguradas e empregam cerca de 3,3 mil pessoas. No total, serão gerados 10,4 mil empregos para os alagoanos.

Segundo o secretário do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, os cerca de R$ 4 bilhões em investimentos que essas indústrias representam para o Estado valem mais do que as próprias cifras, pelo alto valor agregado que trazem a Alagoas. “Não é simplesmente o aumento no número de empregos o fator positivo desses empreendimentos. Trata-se de uma cultura empresarial diferente, que visa o desenvolvimento da região, investe na produção de tecnologia local e valoriza a capacitação dos trabalhadores”, afirma.

Para o secretário, o objetivo do Governo é recuperar o tempo perdido atraindo mais investimentos, que funcionam como uma alavanca para o setor industrial e produtivo, a fim de que o Estado se torne cada vez mais competitivo. “Alagoas oferece excelentes condições fiscais, segurança jurídica e celeridade nos trâmites, ou seja, tudo o que investidores precisam para expandir seus negócios”.

Os segmentos das novas indústrias são os mais diversificados e vão desde a produção de alimentos até a fabricação de material para a construção civil, sem falar na indústria pesada. Nos últimos quatro anos, Alagoas recebeu empresas e indústrias que trabalham com armações metálicas, derivados de madeira e plástico, derivados de cimento, fabricação de colchões e espumas, reciclagem de metais, fabricação de vidros temperados, fundição, bens de capital e metal mecânica.

Na área alimentícia, indústrias de bebidas, alimentos e derivados de alimentos.   Ainda constam na lista uma montadora de motos e empresas das áreas da indústria naval, artigos de utilidades, derivados do coco, derivados de química, material de limpeza, derivados de trigo, higiene pessoal, extração de minerais, agroquímica, fraldas e absorventes higiênicos.

Setor Plástico

Neste mês, o Governo confirmou a atração de seis novas indústrias, que vão fortalecer a Cadeia Produtiva da Química e do Plástico, durante evento internacional em São Paulo. Com investimentos de cerca de R$ 320 milhões, os empreendimentos irão gerar cerca de 600 postos de empregos diretos e mais de 3 mil indiretos.

Indústria e ressocialização

Ícone da parceria entre o setor público e o privado em prol do bem social, o Núcleo Industrial BR 104, localizado dentro do Sistema Penitenciário, no bairro Tabuleiro dos Martins, empregará reeducandos nas seis indústrias que se instalarão no local. Três delas já estão em obras e, devido à procura de mais empresários interessados em investir no local, a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) trabalha para a ampliação do Núcleo.

O Núcleo contará com uma área de 170.000m² onde serão construídas empresas que terão o objetivo de conceder oportunidade de trabalho aos reeducandos. Os empreendimentos receberão benefícios através do Programa Começar de Novo, projeto que visa a inserção dos reeducandos no mercado de trabalho por meio de incentivos garantidos pelo Programa de Desenvolvimento Integrado (Prodesin), que concede vantagens como o pagamento de ¾ do valor do salário mínimo e o não-pagamento dos encargos sociais.