terça-feira, 10 de maio de 2011

Produtores serão beneficiados com fornos, poços tubulares e biodigestor

Casas de farinha que trabalham com o Arranjo Produtivo serão selecionadas para receber as melhorias

Lívia Vasconcelos

Com o objetivo de melhorar a estrutura das comunidades produtoras, gestores do Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca no Agreste realizarão, ao longo dessa semana, visitas a oito municípios da região para fazer o levantamento das casas de farinha que terão seus fornos modificados e serão beneficiadas com a instalação de poços tubulares e um equipamento biodigestor. 

A Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) é financiadora e executora das ações de melhoria dos fornos e instalação de poços tubulares nas casas de farinha, presentes no segmento de infraestrutura especial do APL mandioca. Os poços vão conferir mais higiene aos locais de trabalho e a água também poderá ser destinada ao uso pessoal dos agricultores. A estimativa é de que dez poços sejam instalados.

A revitalização dos fornos dá continuidade às ações do APL no ano passado, quando 26 deles foram melhorados. De acordo com o gestor do Arranjo, Nelson Vieira, essa iniciativa vai refletir no meio ambiente e na economia dos produtores. “Com a mudança dos fornos é possível produzir muito mais com a metade de lenha utilizada. O dono da casa de farinha vai poder economizar na lenha, poupar o bioma catinga e ter um lucro maior”, diz. A meta é revitalizar 100 fornos e beneficiar, em média, quinze mil pessoas com as ações.

Com a parceria da empresa EDS Sustenergy – que trabalha com energia renovável e desenvolvimento sustentável – será escolhida a casa de farinha que receberá um biodigestor, equipamento que reaproveita resíduos da produção para transformá-lo em energia. 

“Durante a prensagem da raiz de mandioca para a produção de farinha, um líquido tóxico, prejudicial para o meio ambiente, é produzido: a manipueira. Com o biodigestor, é possível transformá-lo em gás para ser usado nos motores e também como biofertilizante”, explica Nelson. O APL Mandioca no Agreste integra o Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) do Governo do Estado, por meio da Secretaria do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), em parceria com o Sebrae/AL.