terça-feira, 10 de maio de 2011

Cesta básica apresenta queda em abril

Decréscimo de 4,92% foi influenciado pela redução no custo do leite, tomate e banana

Renée Le Campion

Cesta básica teve queda em Maceió no mês de abril
Assim como outras 14 capitais brasileiras, a cesta básica de Maceió fechou o mês de abril em queda, com uma redução de 4,92% em relação a março. A pesquisa de Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgada nesta terça-feira (10), pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), revela que o trabalhador maceioense comprometeu 37,86% do seu salário para a aquisição da alimentação pessoal, o que equivale a R$ 206,32.

A retração no preço da cesta básica foi impulsionada pela redução nos itens leite (-0,45%), tomate (-6,05%) e banana (-0,40%). O gerente do IPC, Gilvan Sinésio, explica que o decréscimo no leite foi motivado, principalmente, por uma oferta maior do produto, devido ao aumento da produção nas regiões fornecedoras. 

Segundo Sinésio, a baixa dos preços do tomate e da banana se deu devido a necessidade de venda em curto prazo. “O tomate já vinha sofrendo queda nos três meses anteriores e confirmou uma tendência  de acomodação no preço. Também ocorreram algumas promoções,  devido a uma maior oferta do produto e pelo fato do mesmo ser muito perecível, necessitando a venda em curto prazo. A banana apresenta motivos semelhantes ao do tomate, ou seja, a perecibilidade e uma maior oferta”, detalha.

Dos 12 produtos que compõem a alimentação básica, o café (3,31%), a farinha de mandioca (2,49%), o açúcar (1,52%) e o óleo de soja (1,31%) apresentaram as maiores altas registradas. Além desses itens, a carne também sofreu um acréscimo de 0,46%, ocasionado pelo aumento nos custos dos insumos necessários para a criação de bovinos e frangos. “Além disso, ocorreu uma maior exportação do produto, o que acarretou em uma menor oferta para o mercado consumidor interno”, acrescenta o gerente do IPC.

As altas nos itens café, óleo de soja e farinha de mandioca também podem ser explicadas pela menor oferta dos produtos no mercado por conta da exportação, assim como pelo período da entressafra. Já a farinha de mandioca teve o aumento influenciado pelo acréscimo no custo de sua matéria-prima.

IPC – O custo de vida na capital alagoana apresentou uma variação de 0,71% no mês de abril em relação a março. A elevação foi motivada pelo acréscimo nos grupos Transportes (2.67%), Saúde (2,01%) e Alimentação (0,69%).

O aumento no preço dos combustíveis foi o principal fator para a alta registrada em transportes. “O álcool e, consequentemente, a gasolina, que tem de 20% a 25% de álcool em sua composição, sofreram acréscimo devido à entressafra e à exportação”, explica Sinésio.
O grupo Saúde, por sua vez, apresentou elevação devido ao aumento de 5% para 6% no preço dos remédios. Já o aumento do grupo Alimentação foi influenciado pela alta nos subgrupos Verduras (7,61%), Tubérculos (6,59%), Carnes (0,46%) e Frutas (0,62%).