quinta-feira, 2 de junho de 2011

Teotonio e Mantega tratam da reestruturação da dívida

Ministro convoca secretário do Tesouro Nacional para estudar melhor forma para equacionar problema; Teotonio adianta que processo “não é rápido nem fácil”   

Ricardo Sanchez, com Agência Brasil
Foto: Marcos Oliveira

Governador discute reestruturação da dívida com ministro
O governador Teotonio Vilela Filho se reuniu nesta quinta-feira (2), em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário do Tesouro Nacional, Arno Hugo Augustin, para tratar da reestruturação da dívida pública do Estado de Alagoas, que hoje é de R$ 7 bilhões. No encontro, o governador apresentou uma série de questões de interesse de Alagoas e destacou que a dívida onera os cofres do Estado em R$ 40 milhões por mês. 

Teotonio Vilela busca uma forma de equacionar a dívida para que o Estado possa investir em Segurança Pública, Saúde, Educação e Infraestrutura. 

O ministro Mantega elogiou a forma como Teotonio tem governado Alagoas, investindo no crescimento do Estado, com as contas enxutas e sendo pagas em dia. 

Na reunião, ficou decidido que o Tesouro Nacional buscará uma melhor forma de equacionar, junto com o Estado, a reestruturação da dívida pública. “O processo de reestruturação não é nem rápido e nem fácil, pois Alagoas será o primeiro Estado no país a realizar uma operação como essa. Isso é necessário, nosso Estado não pode pagar o maior juro do Brasil, assim como também 15% da sua receita líquida”, afirmou Teotonio.

A dívida de R$ 7 bilhões foi herdada pelo governador Teotonio Vilela Filho, quando assumiu o Governo, no ano de 2007. O secretário de Estado da Fazenda, Maurício Toledo, acompanhou o governador na reunião. 

Verbas do PAC 2 

Teotonio também se reuniu com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. O governador reivindicou o aporte de R$ 650 milhões em verbas para o Canal do Sertão destinadas à expansão de dois projetos ligados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado. 

Segundo o governador Teotonio Vilela, R$ 350 milhões serão destinados à ampliação do número de adutoras para abastecimento de água nas cidades que margeiam o Canal do Sertão e R$ 300 milhões para a melhoria do saneamento de Maceió.

“O Canal do Sertão alagoano é uma obra importantíssima para o Estado porque percorre 36 municípios, ao longo de seus 260 quilômetros, levando água para consumo humano, para animais, plantações e para criação de peixes”, disse o governador.

Segundo Vilela, a obra beneficiará 1 milhão de alagoanos que vivem na região mais sofrida do Estado. Ele informou que os recursos já previstos têm sido liberados pelo governo federal e que as obras vinculadas ao programa estão “em ritmo acelerado”.

“Esses novos pleitos são uma expansão do PAC. Precisamos de adutoras para o abastecimento de água das cidades que margeiam o Canal [do Sertão] e, também, recursos para os empreendimentos de irrigação”, informou o governador.

A outra parte dos recursos deve ser investida no saneamento básico da capital Maceió. “Temos baixíssimos índices de tratamento de esgoto e estamos pleiteando verbas para melhorar a situação”.

Segundo Teotonio Vilela, a ministra prometeu estudar o caso. “Ela disse que dará atenção ao que foi pleiteado em ambos os casos e que depois fará uma nova reunião para discutir o assunto”.