sexta-feira, 10 de junho de 2011

Estado combate o trabalho infantil para garantir direitos das crianças

Praça dos Martírios se transformou, nesta sexta-feira, em um imenso palco, onde crianças assistidas pelo Peti fizeram apresentações

Mônica Lima
Foto: Ailton Cruz

Crianças assistidas pelo Peti fizeram apresentações nesta sexta-feira
O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, que acontece neste domingo (12), foi lembrado nesta sexta-feira (10), em Maceió, com um evento promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com o Ministério Público do Trabalho e a Secretaria Municipal de Assistência Social. A Praça dos Martírios se transformou num imenso palco, onde crianças assistidas pelo Programa Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) fizeram apresentação de dança, pernas de pau, palhaços e outras atrações.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto, representou o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, no evento e destacou o trabalho que a Sesau vem realizando nos municípios alagoanos, através do Centro de Referência em Saúde do trabalhador (Cerest). Ela lembrou o convênio de cooperação assinado entre a Sesau e o Ministério Público do Trabalho, que permitirá ao Cerest fazer a notificação dos casos de trabalho infantil que forem detectados no Estado. A superintendente informou que em 2010 foram notificados 29 casos de menores trabalhando irregularmente.

Durante o evento, foram distribuídas pelo Cerest cartilhas informativas denunciando o trabalho infantil e chamando a atenção da sociedade para essa forma de violência contra as crianças, principalmente em relação às quatro formas de atividades em que são detectadas crianças trabalhando, quer seja no serviço doméstico, no lixo, na rua ou na agricultura.

Segundo Gardênia Santana, diretora do Cerest, essas formas de trabalho afetam a vida das crianças e são prejudiciais. “Na rua, elas ficam expostas  a assaltos, violência sexual, atropelamento e drogas. Nas atividades domésticas ocorrem queimaduras, algumas apresentam problemas de coluna e também são assediadas sexualmente. No lixo elas ficam expostas a doenças, como dengue, tétano e verminoses; no setor agrícola são vulneráveis às intoxicações, envelhecimento precoce e podem adquirir câncer. O combate ao trabalho infantil é uma forma de garantir os direitos das crianças e uma responsabilidade de toda sociedade”, destacou.