terça-feira, 3 de maio de 2011

Governo instala Fórum Permanente do PAPL

Ação visa fortalecer as atividades desenvolvidas pelo Programa
  
Victor Brasil
Fórum vai fortalecer Arranjos Produtivos Locais
Com o objetivo de intensificar e fortalecer as ações do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) foi implantado o Fórum Permanente dos APLs, nessa segunda-feira (2). A reunião aconteceu no auditório da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), no bairro do Jaraguá.
O secretário Luiz Otavio Gomes, que instalou oficialmente o Fórum, aponta que a reunião tem como foco apresentar para os atores principais do Programa como andam as ações dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), a fim de intensificar e melhorar os trabalhos. “Todos vão ficar sabendo o que está ou o que não está bom, para que possamos elaborar formas mais adequadas e que valorizem o trabalho”, disse. “Queremos uma maior preparação econômica dos produtores de Alagoas”, completou o secretário.
O evento reuniu os secretários de Estado Eduardo Setton, da Ciência e Tecnologia; Daniele Novis, do Turismo; o superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira; o professor e economista franco-polonês Ignacy Sachs; e representantes de órgãos parceiros do Programa, como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Estratégias Após a abertura oficial do Fórum, a diretora técnica do Sebrae, Renata Fonseca, apresentou um plano de ação organizacional que aponta estratégias de fortalecimento do encontro.
Entre as ações previstas, vale destacar a criação e ampliação do comitê gestor do PAPL, que vai contar com a representação de todas as secretarias, sob a coordenação da Seplande. “A representatividade do Fórum tem que ser de forma deliberada, ou seja, todos os atores têm que ter um papel decisivo após as discussões propostas”, explicou.
No segundo momento, a superintendente de Desenvolvimento Regional e Setorial da Seplande, Alyne Vieira, apresentou a proposta de criação de 13 novos Arranjos Produtivos, que serão analisadas antes da elaboração de projetos. Em seguida, a superintendente apresentou os convênios existentes entre o PAPL e instituições de ensino.
Entre elas estão a Universidade de Ferrara (Itália), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e o Centro Universitário Cesmac. Além disso, foram destacados os projetos que estão sendo desenvolvidos em parceria com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (Aecid) e com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Com foco no combate à fome e na integração das ações dos APLs, o secretário de Ciência e Tecnologia, Eduardo Setton, apresentou o projeto da construção do Pólo Agroalimentar entre os municípios de Arapiraca e Batalha. “O pólo vai ter foco na mandiocultura, na horticultura e no leite e derivados, destacando o trabalho dos APLs e da cadeia produtiva do leite”, disse.
Eduardo Setton destacou a parceria com as universidades para o desenvolvimento desses projetos. “O projeto do Pólo Agroalimentar consiste na construção de laboratórios onde as instituições de ensino poderão empreender pesquisas para impulsionar a agricultura familiar na região”, afirmou.
O professor e economista Ignacy Sachs acredita que quando o conceito de Arranjos Produtivos Locais foi lançado no Estado, a agricultura familiar deu um passo muito grande. Ele destacou o desenvolvimento educacional de Alagoas como fator chave para a evolução dessas atividades.
“O número de pessoas dentro de uma instituição educacional de nível superior é visivelmente crescente em Alagoas. Esse crescimento deve ser aproveitado e auxiliar no desenvolvimento das atividades dos APLs, aproximando mais os estudantes e professores universitários a essa realidade”, destacou Sachs.
O economista caracterizou as atividades do PAPL como um planejamento de cenários alternativos para o desenvolvimento econômico e social do Estado. “A criação desses cenários é importante para que possa ser observado onde estão as melhores chaves para o desenvolvimento”, afirmou. “O caminho pode ser estreito, mas ele existe. Não se trata de desistir, mas de arregaçar as mangas”, destacou.