quarta-feira, 22 de junho de 2011

Seplande reúne secretarias e coleta demandas para a aquisição de Imagens de Satélite de Alagoas

Banco de dados com imagens de satélite de alta precisão deve ser disponibilizado para o Governo no mês de julho

Lívia Vasconcelos

Dando continuidade ao projeto de consolidação do Núcleo de Geoprocessamento e Aquisição de Imagens de Satélite, a Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) realizou, nessa terça-feira (22), um encontro entre representantes das secretarias e órgãos estaduais. Na reunião, foram identificadas as necessidades de imagens orbitais de alta resolução para subsidiar as ações do Governo, seja durante a fase de planejamento ou durante a execução dos projetos desenvolvidos pelo Estado.

O superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento, Thiago Ávila, e o diretor de Geoprocessamento da Seplande, Robson Brandão, intermediaram o debate, que tratou das áreas territoriais que têm prioridade na aquisição de imagens, mas também abordou questões tratadas pelo Governo que podem ser melhor trabalhadas se contarem com o suporte do Núcleo.

Um dos resultados práticos da concepção e implantação do Núcleo de Geoprocessamento é o Portal Geográfico, página web que proporcionará acesso e análise de dados geográficos da base estadual através da internet ou de intranet. O portal ainda está em processo de aprovação e só deve estar disponível para acesso dos órgãos e secretarias estaduais em julho.

O Portal Geográfico é uma realização da Seplande, com apoio da Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais (Funcate), Instituto de Tecnologia em Informática e Informação do Estado (Itec) e Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O site já conta com dados sobre o Litoral Norte, consolidados pelo Estado em 2006, e será abastecido com novas imagens de satélite de mais 2.341km² do território alagoano, distribuídas entre as 14 cidades mais populosas do Estado, bem como imagens de uma faixa de 5 km do Litoral Sul. 

A iniciativa vai promover um compartilhamento de informações dentro do próprio Estado, possibilitando uma troca que viabilize a otimização dos trabalhos do Governo e evitando, por exemplo, que diferentes secretarias façam um mesmo trabalho. Há, ainda, a proposta de abrir o Portal para o acesso de toda a sociedade.

“O primeiro passo para a realização desse trabalho foi dado com o Núcleo de Geoprocessamento e deverá continuar agora, principalmente com a análise das demandas de cada órgão. Isso é fundamental para que possamos trabalhar dentro de um portal integrado, com harmonia entre as informações”, explicou Thiago Ávila, ressaltando a importância da participação dos representantes de cada órgão nessa fase do projeto.

Alguns participantes destacaram a necessidade de mapeamento de regiões como as bacias hidrográficas de Jacuípe, Paraíba e Mundaú, e de toda a região do Sertão alagoano. Outros apontaram temas que, a partir do uso do geoprocessamento, poderiam ser melhor trabalhados pelo Governo, como os recursos minerais de todo o estado, as áreas de produção agrícola em algumas regiões, os remanescentes florestais, a malha rodoviária e as fraudes e sonegação de impostos.

O gestor do Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca no Agreste Alagoano, Nelson Vieira, destacou a importância desse mapeamento por satélite na implantação de projetos estruturantes nos municípios abrangidos pelo APL. “É fundamental ter um diagnóstico da área plantada para obter a posição real de produção de mandioca. A partir daí, teremos melhores condições de direcionar diversos projetos para os nossos produtores”, disse.